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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Cambridge Companion 6 - Radick

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Cambridge Companion to Darwin (2003) Radick discute os vínculos sociais e seu nível de influencia na formulação da Seleção Natural e em seu autor; Segundo o autor, existem duas teses acerca da sociologia da formulação da Seleção Natural: Tese da independência: Essa tese versa que o contexto vitoriano apenas acelerou a formulação da teoria, mas que dado o devido tempo, ela seria formulada em qualquer outro contexto inevitavelmente. Por essa teoria temos que a teoria de Darwin é uma verdade natural que seria percebida a qualquer um que acumulasse observações o suficiente do mundo natural; Tese da inseparabilidade: Nesse ponto de vista temos que a teoria é produto do contexto social de Darwin e que não teria surgido da mesma forma. Radick afirma que os três principais pontos da vida de Darwin que o levaram a formular a teoria foram: 1) Sua crença na transmutação das espécies; 2) As analogias e comparações entre a seleção artificial e natural; e 3) a epifania ocorrida após a

Cambridge Companion 5 - C.K. Waters

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Cambridge Companion to Darwin (2003) Waters analisa o porque de tantos leitores de Darwin apoiarem a descendencia comum com modificação, mas não necessariamente ao mecanismo da Seleção Natural; Waters relembra o processo de escrita conturbado da Origem, frisando que o produto final é um resumo do tratado que Darwin pretendia escrever. Waters explica que o resumo é mais parecido em forma e tom com os ensaios de 1842 e 1844 e considera que o fato da Origem ser mais simples do que um livro científico vitoriano seria pode ter influenciado para sua popularidade; Para Waters a Origem funciona em torno de duas ideias principais: A Árvore da Vida (responde o "que?") que pode ser subdividade em: Transmutação, espécies que se transformam em outras em uma mesma linhagem; Descendência comum, as novas espécies que podem surgir de um mesmo ancestral; Seleção Natural (responde o "como?"), o mecanismo principal de especiação, mas não o único, subdivida em: Vari

J. Ferreira & do Carmo

Ferreira & do Carmo (2007) Artigo sobre as concepções de origem do homem segundo Wallace ao longo de sua obra, levando em consideração os efeitos causados pela sua aproximação ao espiritualismo pós 1865 e fazendo um diálogo crítico com o artigo de Kottler (1974); 1858 - On the tendency of species to depart indefinitely from the original type: Em seu primeiro artigo sobre o tema o homem não é tratado; 1864 - The Origin of human races and the antiquity of man deduced from the theory of  'natural selection': A natureza intelectual do homem o privou de sofrer os efeitos da seleção natural, pois ele passou a ser capaz de manipular o ambiente e produzir objetos que mitigassem os efeitos ambientais; A partir de então a seleção não favoreceria as características físicas, mas a mentais. Pequenas alterações intelectuais e morais ocorreriam fazendo com que os beneficiados lidassem melhor com o grupo onde estavam e com as características mutáveis do meio.  No ent

Os usos sociais da ciência - Bordieu

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Livro publicado em 2004 pela Editora Unesp em parceria com o Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), baseado em uma conferência e debate organizados pelo grupo Sciences in Questions em Paris, no INRA, no ano de 1997; O livro conta com um prefácio escrito por Patrick Champagne, diretor de pesquisas do INRA, que apresenta Bordieu e sua obra, principalmente aquelas que concernem a sociologia da ciência; Neste livro, o autor formula a ideia de campo. O campo é definido como toda a área intermediária entre o conteúdo da obra (seja ela artística, literária, científica...) e sei contexto social, o campo é: "[...] o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que produzem, reproduzem ou difundem a arte, literatura ou ciência. Esse universo é um mundo social como os outros, mas que obedece a leis sociais mais ou menos específicas." Através dessa ideia o autor afirma que não devemos rotular a ciência como totalmente "pura", livr

Ferreira, Bowler, Oliveira.

- Ferreira (2005) Ferreira fará, neste artigo, uma breve crítica sobre a obra de Popper entitulada Darwinism as a metaphysical research programme , na qual o autor elaborou suas críticas sobre o neodarwinismo de acordo com sua teoria, o falsificacionismo; Ferreira reitera a importância da predição e da refutabilidade de uma teoria para a demarcação de ciência de Popper; Popper criticou o neodarwinismo em diversas obras, de 1957 até 1974, embora a crítica se baseie principalmente no texto citado acima; Ferreira mostra que estruturalmente a obra é divida em duas partes. Na primeira há as críticas e na segunda propostas de Popper para contribuir com a teoria da evolução; Na primeira parte Popper postula que não é possível testar a teoria, logo ela seria metafísica. Porém, segundo Ferreira, é de extrema importância frisar que Popper não usa o termo "metafísica" no sentido costumeiro do positivismo lógico, mas sim no sentido de Lakatos, definido por Ferreira como: